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Seis migrantes que não se encontravam num hostel em Lisboa no dia da realização de testes à Covid-19 estão por localizar, tendo sido detetados 19 dos 25 cidadãos desaparecidos, anunciou esta quarta-feira o SEF.
Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras avança que dois dos seis cidadão estrangeiros por localizar devem estar no Reino Unido, pelo que foi pedida a colaboração das autoridades inglesas para a sua deteção.
Esta informação surge após o Conselho Português para os Refugiados (CPR) ter indicado na manhã de hoje que, em conjunto com o SEF, tinha procedido à “localização imediata” dos 19 requerentes de proteção internacional e que alguns já tinham sido testados.
No entanto, no comunicado distribuído ao fim do dia, o SEF refere que detetou, nas últimas 24 horas, 19 dos 25 cidadãos estrangeiros que não se encontravam alojados no hostel Aykibom, em Lisboa, no passado domingo, altura em que foi decidido proceder ao exame de todos os residentes, um total de 189, e funcionários da unidade hoteleira por apresentarem sintomas de Covid-19.
O hostel, localizado na rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, foi evacuado no domingo devido a um caso positivo da doença, somando-se a este caso, entretanto, mais de uma centena depois de terem sido feitos testes à covid-19 a todos os residentes e funcionários daquela unidade.
“A pedido das autoridades sanitárias, e por estar em causa a saúde pública, o SEF deu início a averiguações das quais resultou a deteção de 19 cidadãos estrangeiros, na sua maioria do continente africano”, adianta o SEF, frisando que estavam em vários pontos do país, designadamente nas regiões do Norte, Centro e Grande Lisboa.
O SEF precisa que, dos 25 cidadãos estrangeiros que não se encontravam no hostel no domingo, seis estão ainda por localizar, “julgando-se que dois deles possam estar no Reino Unido”.
Este serviço de segurança indica ainda que participaram nesta operação 35 inspetores do SEF.
Entretanto, 171 migrantes que estavam hospedados neste hostel foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer. Destes requerentes de asilo, 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.
Segundo o CPR realça que as listagens de acolhimento são atualizadas regularmente e que qualquer requerente de proteção internacional tem liberdade de circulação em Portugal.
“Não estão obrigados a permanecer sempre no mesmo município, devendo manter o SEF informado acerca do seu paradeiro, nos termos da Lei do Asilo”, é referido.
O CPR salienta também que, nos termos desta legislação, os requerentes de proteção internacional estão, durante todo o procedimento, em situação regular em Portugal.
Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.