Fazer análises e fisioterapia pode tornar-se difícil. Técnicos marcam greve sem prazo
03-11-2016 - 12:00

Desactualização da carreira e 40 horas de trabalho sem diferenciação salarial são alguns dos motivos da contestação. Sindicato promete que, desta vez, a paralisação não será desconvocada.

A partir de 16 de Novembro, os técnicos de diagnóstico e terapêutica vão estar em greve por tempo indeterminado. Contestam a desactualização da carreira e o impasse das negociações com o Ministério da Saúde.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, que representa 22 profissões, alega que são "os únicos profissionais de saúde licenciados cuja carreira está desactualizada há dezasseis anos, provocando perdas salariais insustentáveis".

Além da desactualização da carreira, a falta de políticas de empregabilidade e as 40 horas de trabalho sem diferenciação salarial são motivos levam à convocação da greve. E com um aviso: desta vez, só será suspensa quando todo o processo negocial com o Governo ficar concluído.

Há um mês, o sindicato chegou a ter convocada uma greve nacional de cinco dias, mas acabou por a desmarcar na sequência de um compromisso assumido pelo Governo.

Os representantes sindicais reuniram-se com o Governo no dia 12 de Outubro e estabelecerem um prazo de 10 dias para a conclusão do processo negocial, o que não ocorreu.

"Mesmo que o Governo queira negociar nos próximos dias, não será suspensa a greve agora decretada sem que todo o processo negocial fique concluído", garante o sindicato na nota divulgada pela agência Lusa.

A greve poderá afectar a realização de análises clínicas e as áreas de radiologia, fisioterapia e cardiopneumologia.

Os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica estão constituídos em 22 profissões, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.