O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, desvaloriza o facto de não ter recebido a visita da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no concelho depois dos estragos provocados pelo mau tempo.
Mariana Vieira da Silva deslocou-se aos concelhos limítrofes de Oeiras e Loures depois das inundações de terça-feira, mas não fez o mesmo na capital
Em declarações à Renascença, Carlos Moedas diz que, mais importante do que uma visita, é que o Governo disponibilize verbas para apoiar a população afetada pelas cheias dos últimos dias. Desvaloriza a questão e não quer tempestades políticas.
“Mais importante para mim, aqui, é uma ajuda do Governo que seja célere e rápida. Não estou aqui a fazer comentários sobre as visitas de um ou outro ministro, penso que o importante aqui é agir. E agir rapidamente. Da minha parte vou levar à câmara uma proposta para começar a dar uma primeira ajuda, mas vamos precisar de muito mais e precisamos do Governo central.”
Ao Governo de António Costa, Carlos Moedas terá de apresentar a conta dos prejuízos dos lisboetas. Mas a dimensão dos estragos ainda não permitiu chegar a um valor final.
“Neste momento, Lisboa tem uma dimensão que não permite ter uma quantificação, já. A dimensão de Lisboa é muito diferente dos outros municípios limítrofes. Temos um site onde as pessoas podem imediatamente definir os danos e podemos dar já uma primeira ajuda”, afirma o autarca.
“O número está a ser definido, mas ele tem de ser bem feito. Com uma cidade com a dimensão de Lisboa, isso não se consegue fazer de um dia para o outro, pelo menos de maneira que seja um número sólido. Esse número está a ser trabalhado, mas o mais importante é ajudar as pessoas mesmo antes de ter uma quantificação total. As pessoas que ficaram sem móveis e não têm nada em casa, vamos ter de ajudar rapidamente.”
Loures somou mais de 20 milhões de euros de prejuízos, já Oeiras outros 12 milhões devido ao mau tempo que se abateu sobre o distrito de Lisboa.