O serviço de "streaming" Netflix vai lançar em novembro uma nova modalidade de subscrição com publicidade, por um preço de 5,49 euros mensais, apresentando um número limitado de filmes e séries e impossibilitando descarregar conteúdos.
Inicialmente, o plano "Básico com anúncios" vai estar disponível em 12 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México e Reino Unido.
"Estamos confiantes de que agora que a Netflix está disponível a partir de 5,49 euros por mês, temos um preço e um plano para todos os fãs. Embora seja apenas o início, houve um enorme interesse tanto dos consumidores como da comunidade de anunciantes, e nós não poderíamos estar mais felizes. À medida que aprendemos e melhoramos, vamos lançar este plano em mais países", disse o porta-voz da Netflix.
Para Greg Peters, trata-se de uma "magnífica oportunidade" para os anunciantes de publicidade, "por poder atingir um público diversificado -- incluindo espetadores mais jovens, que assistem cada vez mais à televisão menos tradicional -- num ambiente ótimo para ver anúncios em alta-definição".
Haverá uma média de 4-5 minutos de anúncios por hora e os anunciantes poderão impedir que sua publicidade apareça em conteúdos que possam ser incompatíveis com sua marca, no caso de sexo, nudez ou violência explícita.
Em julho, a Netflix anunciou uma parceria com a Microsoft para desenvolver o seu novo modelo de subscrição de baixo custo e suportado por anúncios.
A decisão de criar um plano de subscrição de baixo custo surge após a perda de competitividade da Netflix no mercado de plataformas de "streaming" ter resultado numa desaceleração no ritmo de crescimento da empresa e levou a uma redução da sua força de trabalho.
A Netflix perdeu quase um milhão de subscritores (970.000 contas) durante o segundo trimestre de 2022, período em que obteve um lucro líquido de 1.441 milhões de dólares (cerca de 1.472 milhões de euros), revelou a empresa na sua última apresentação de resultados em 19 de julho.
A empresa destacou ainda que a transição da televisão tradicional para o ´streaming" está cada vez mais rápida.
"Nos Estados Unidos ultrapassou a televisão aberta e a de cabo", atentou.
Em agosto, a Walt Disney Company também anunciou que ainda este ano a sua plataforma de "streaming" mais popular, Disney +, vai oferecer um plano suportado por anúncios e uma opção sem anúncios a um preço mais elevado nos Estados Unidos.