Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reuniu-se este domingo com os presidentes executivos das farmacêuticas com as quais a comissão assinou Acordos de Compra Antecipada de vacinas, para iniciar o trabalho de preparação europeu sobre a bio-defesa.
A reunião realizada através de videoconferência teve como objetivo “lançar o trabalho sobre a preparação europeia para a bio-defesa”, refere a Comissão Europeia em comunicado, lembrado que irá criar uma Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA, na sigla em inglês), visando conferir uma “abordagem mais estruturada” à preparação para uma pandemia.
Além dos presidentes executivos da BionNTech/Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Curevac e Sanofi, participaram também na reunião por videoconferência os comissários europeus Stella Kyriakides e Thierry Breton, o conselheiro especial da presidente da Comissão Europeia para o novo coronavírus, Peter Piot, e Moncef Slaoui, bem como o diretor executivo da Agência Europeia de Medicamentos, Emer Cook.
O trabalho com a indústria farmacêutica permitiu focar ambos em “melhorar a preparação” da Europa para enfrentar “uma pandemia a médio prazo” e em ajudar a defrontar os “desafios mais imediatos” relacionados com a Covid-19, esclarece ainda o comunicado da Comissão Europeia, adiantando que a HERA vai ajudar a “antecipar ameaças e identificar respostas”, pelo que a indústria será um “importante parceiro”.
Na preparação da HERA, uma resposta piloto já está a ser lançada sobre a preparação da bio-defesa europeia.
O objetivo é o de financiar a conceção e desenvolvimento de vacinas e aumentar a sua produção a curto e médio prazo, além de também visar as variantes do SARS-Cov-2, lê-se na nota divulgada.
A pandemia de Covid-19 evidenciou que as "capacidades de produção são um fator com limites", daí que seja "fundamental enfrentar esses desafios”, indica.
Além disso, o surgimento de novas mutações que causam preocupação aumenta a “ameaça iminente de uma menor eficácia das vacinas recentemente aprovadas", pelo que “é crucial” preparar-se para o aparecimento de tais variantes, salienta-se ainda no comunicado.
Na reunião, a discussão havida explorou ainda os requisitos para seja possível haver um “muito rápido desenvolvimento, fabricação e aprovação regulamentar de vacinas na União Europeia para as variantes do vírus.
Tratou-se de uma reunião “muito construtiva e com inúmeras sugestões práticas”, pode ler-se ainda no comunicado, em que se diz que outras discussões com a indústria farmacêutica e com outros setores relevantes poderão realizar-se nas próximas semanas.