O bispo da Diocese de Beja, D. João Marcos, lamenta que este ano não se celebre o Natal na terra onde Jesus “nasceu há dois mil e alguns anos, por causa da guerra em que o povo de Israel está envolvido”.
“Também a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, dois países irmãos e de matriz cristã, ensombra a celebração do Natal deste ano”, acrescenta.
Na mensagem natalícia que dirige aos seus diocesanos, o prelado lembra que “a Igreja convida-nos a celebrar, mais uma vez, o Nascimento de Jesus, o Príncipe da Paz”, assinalando que “Ele é a nossa paz”.
“Ainda que muito indignos, vamos celebrar o Natal do Senhor. Para nós, cristãos, celebrar não se resume a festejarmos os bons resultados obtidos, mas é aceitar em nossas vidas uma sementeira”, realça.
D. João Marcos lembra que “Deus feito homem veio viver connosco e salvar-nos”, veio “ao mundo revestido de fragilidade, virá um dia, cheio de poder e de glória, para nos julgar”.
“No presente, vem aos nossos corações, cheio de misericórdia, para ser gestado e crescer e atuar, realizando assim, no nosso tempo e para nós e connosco, a obra da nossa salvação. Ele veio, Ele virá, e Ele vem hoje, como o pastor que procura a ovelha perdida”, explica.
Por isso, o responsável pela Diocese de Beja assegura que o “Salvador nasceu” para quem se sente “necessitado de ser salvo”.
“Ele vem para restabelecer e fortalecer os laços fragilizados dos casais desavindos, para reunir as famílias que o desamor separou, vem curar as feridas dos nossos corações”, destaca.
O prelado pede ainda aos cristãos que participem nas celebrações da Eucaristia na noite de Natal, depois da Consoada, ou no dia de Natal, e que não deixem de fazer o Presépio, “meditando no significado de cada figura”.