O Papa Francisco visitou esta terça-feira de manhã Emma Bonino. A antiga líder do partido radical italiano esteve internada num hospital, desde 17 de outubro até ao passado dia 30, com graves problemas respiratórios. Segundo a imprensa italiana, Bonnino, com 76 anos, esteve vários dias nos cuidados intensivos do Hospital Santo Spirito de Roma.
Depois de ter tido alta neste último fim de semana, Francisco deslocou-se a sua casa, no centro de Roma. À saída, interpelado por um jornalista do diário “La Reppubblica”, o Papa respondeu: “encontrei-a muito bem” e definiu o encontro como “muito cordial”.
Emma Bonino fundou, em 1975, o CISA (Centro informazione, Sterilizzazione e Aborto), com objetivo de fornecer às mulheres assistência médica para a prática do aborto e esterilização. Foi deputada do partido radical no Parlamento italiano e no Parlamento europeu. Ao longo dos anos destacou-se como ativista em campanhas a favor da legalização do aborto, contra a penalização do consumo de drogas leves, pelos direitos das mulheres, contra a pena de morte e a fome nos países do Terceiro Mundo.
No passado, Francisco e Emma Bonino já se tinham várias vezes. A 4 de novembro de 2015, no final da audiência geral de quarta-feira, a antiga líder apresentou ao Papa um conjunto de iniciativas a favor das crianças refugiadas da fundação “The Peace Factory”.
Dois anos depois, a 8 de novembro de 2016, Francisco recebeu Emma em audiência privada no Palácio Apostólico. A Sala de Imprensa do Vaticano informou na altura que “a conversa centrou-se sobretudo sobre os fluxos migratórios, o acolhimento dos migrantes e a sua integração”.