A milionária britânica e “socialite” Ghislaine Maxwell foi condenada esta quinta-feira por tráfico de menores para abuso sexual, ao serviço de Jeffrey Epstein.
Epstein suicidou-se na cadeia em 2019 enquanto aguardava julgamento por dezenas de acusações de abuso sexual.
A relação entre Epstein e Maxwell remonta aos anos 90 quando a britânica se mudou para os Estados Unidos, onde se começou a mover entre os círculos da alta sociedade financeira, dando-se com figuras como Bill Clinton, o príncipe André, da Família Real Britânica, e outras, que ajudou a apresentar a Epstein.
Teve uma relação amorosa com Jeffrey Epstein, que durou poucos anos, mas os dois continuaram a trabalhar juntos e a acusação deu como provado esta quinta-feira que durante anos Maxwell foi responsável por aliciar jovens, muitas das quais menores, e a recrutá-las para uma rede de exploração sexual centrada em Epstein. Em troca, diz, a arguida recebeu mais de 26 milhões de euros ao longo dos anos.
Várias das vítimas testemunharam em tribunal e apontaram o dedo a Maxwell, com algumas a dizer que ela própria participou nalguns casos de abuso.
Já a defesa diz que Ghislaine Maxwell não passa de um bode expiatório e prometeu que vai recorrer.
A decisão de condenar Maxwell foi obtida por unanimidade pelos 12 jurados, depois de cinco dias de deliberações. Não foi marcada ainda uma data para a leitura da sentença, mas com 60 anos é provável que venha a passar o resto da sua vida atrás das grades.