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A nova variante britânica do vírus da Covid-19 já tem uma prevalência de 50% na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), afirmou esta quinta-feira a ministra da Saúde, durante o debate parlamentar de renovação do estado de emergência. Marta Temido cita o último relatório da Direção-Geral da Saúde.
Marta Temido afirma que o Governo e o país "continuam a lutar" e que o executivo "não desertou", como tinha acusado anteriormente a oposição.
“Continuamos a lutar. Ontem atingimos 7 milhões de testes realizados, continuamos a lutar com a administração de vacinas, no Serviço Nacional de Saúde em colaboração com todos os restantes parceiros, com a tranquilidade de quem tem de responder todos os dias aos portugueses e com o peso e solenidade quem em momento nenhum pode ser afastado, de que não é de todo aceitável que utilizemos a morte e a doença como argumento político”, declarou a ministra da Saúde.
Marta Temido afirma que "o momento é grave e o debate deve ser sério". O Governo e o país têm feito no último ano um esforço sobre-"humano para se preparar para toda a dinâmica que a pandemia tem trazido", disse.
A governante rejeitou as críticas da oposição de que o executivo não atuou a tempo para travar a nova estirpe britânica, com uma taxa de transmissibilidade mais elevada.
“Quando o Reino Unido notificou à Organização Mundial de Saúde, em meados de dezembro, a existência de uma nova variante tomámos logo medidas, relativamente a viagens, a voos, e começamos a acompanhar aquilo que já havíamos fazendo com sequenciação genética os resultados laboratoriais. O Instituto Ricardo Jorge, aos primeiros dias, referiu que ainda não tinha identificado nenhuma destas variantes a circular, como identificou depois algumas, nomeadamente na Madeira, e a sua expressão no Continente."
"Estamos a lidar com uma doença com mutações e que nesta nova variante apresenta um potencial que começa a agora a ser descrito como tendo maior letalidade", sublinhou Marta Temido.
O deputado Telmo Correia, do CDS, acusou o Governo de falhar em toda a linha na preparação para a nova vaga da pandemia. “Se criticar o Governo é crime, eu confesso. Em Portugal é crime é abandonar as pessoas”, afirma Telmo Correia.
Desde o início da pandemia estão confirmados 11.305 mortes e quase 669 mil infeções de Covid-19 em Portugal, indica o boletim de quarta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).