O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira a estimativa para a inflação de maio nos 4%, o sétimo mês consecutivo de abrandamento do ritmo de subida dos preços.
De acordo com o INE, “a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) diminuiu para 4,0% em maio de 2023, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais à observada no mês anterior”.
O INE justifica a desaceleração, em parte, com o “efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022”.
“A isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, esta última com um impacto de 0,8%, é outra das razões apontadas.
Este registo não significa, no entanto, que os preços estão a descer. Continuam a aumentar em comparação com o ano de 2022, mas a um ritmo muito abaixo das taxas registadas nos últimos meses do ano passado, altura em que a taxa de inflação atingiu picos que não se via em Portugal há várias décadas.
Também o indicador de inflação subjacente, que exclui bens alimentares não-processados e energia, por terem mais propensão a oscilações de preço, foi de 5,4% em maio, diminuindo em relação a 6,6% de abril.
Já “a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -15,5% (-12,7% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 8,9% (14,1% no mês anterior), indica o INE.