O Barcelona confirmou, esta quinta-feira, que não abandonará a Superliga Europeia, apesar da "pressão e intimidação injustificadas".
"O FC Barcelona partilha da análise efetuada pela maioria dos grandes clubes do futebol europeu no sentido de que, mais ainda na atual conjuntura socioeconómica, e necessário empreender reformas estruturais destinadas a garantir a sustentabilidade financeira e a viabilidade do mundo do futebol", informa o clube catalão.
Assim justifica o Barcelona, em comunicado oficial, ter aceitado, "com caráter de máxima urgência", o convite para se juntar ao projeto em causa, por considerar que "teria sido um erro histórico" não o fazer.
O Barcelona é um dos 12 clubes fundadores da Superliga Europeia, dos quais 10 já abandonaram, após muita controvérsia, deixando os catalães e o Real Madrid sozinhos. Os catalães entendem que "é inegável" que deve ser aberta "uma análise muito mais profunda sobre as razões que geraram esta reação a fim de reconsiderar, se for o caso, e no que resulte necessário, o planeamento e a fórmula proposta inicialmente para abordar e solucionar" todos os problemas que identifica no futebol, "sempre em benefício do interesse geral do mundo do futebol.
"Este exercício de análise em profundidade requer tempo e a serenidade necessária para não incorrer em nenhuma ação precipitada. (...) Neste sentido, o clube considera que seria despropositado que o necessário processo de reflexão e debate se estabelecesse sob critérios de pressão e intimidação injustificados", pode ler-se no comunicado do Barça.
O Barcelona lembra que o Tribunal de Madrid confirmou a legitimidade da Superliga Europeia, impedindo que UEFA, FIFA e Federações impusessem castigos aos clubes fundadores do projeto ou tentassem inviabilizá-lo. Ainda assim, está "perfeitamente consciente da transcendência e interesse informativo" que o assunto suscita, "assim como a necessidade de atuar sempre com a máxima transparência".
"O Barcelona atuará em todo o momento com critérios de prudência e pede a máxima compreensão, respeito e até paciência à massa associativa do FC Barcelona e a toda a opinião pública", lê-se.