O número de deslocados internos causados pelos conflitos no leste da República Democrática do Congo (RDC) atinge quase os 6 milhões.
A instabilidade tem-se agravado: só no ano passado, em 2022, a ONU registou 1 milhão e meio de pessoas obrigadas a abandonar as suas casas, terras e bens. Reina um clima de terror naquela região rica em matérias-primas e recursos naturais.
Há quem fale de tentativas externas para balcanizar o país... Hoje mesmo, na missa celebrada pelo Papa em Kinshasa, Itanfu Mungaza manifestou-se com uma t-shirt branca onde escreveu "Stop à balcanização!".
Misturado entre os mais de um milhão de fiéis que participaram na missa celebrada por Francisco, Munganza permaneceu na primeira fila, junto a uma grade de protecção, para chamar a atenção de quem por ali passava.
“Vesti esta camisola porque não queremos a balcanização”, explica. “Hoje é um grande acontecimento mundial, o Papa vem abençoar o nosso país e pedir para alcançarmos a paz. Uma paz que não implique matanças feitas por outros países. Nós queremos que a paz permaneça em todas as famílias da RDC, porque sem a paz, o Congo não se vai desenvolver.”
Com veemência, Itanfu Mungaza reconhece que “hoje o Congo é um país com recursos e tem tudo, mas hoje também vemos que matam os nossos irmãos”.
Por isso, “é importante o Papa vir ajudar à reconciliação entre todos os filhos do país”, conclui este congolês.