Num momento em que o país está a duplicar o número de casos de Covid-19 e o risco de transmissão é elevado, a ministra da Saúde pede para que as pessoas se vacinem e testem.
“Apesar
de estar vacinado posso ter infeção e transmiti-la. É muito importante que as
pessoas se testem para saber o seu estado e, sobretudo, para proteger os
outros. Há vários tipos de testes, alguns deles pagos a 100% pelo Estado
português - quatro testes gratuitos por mês. Depois, em algumas circunstâncias,
as pessoas poderão fazer autotestes. É muito importante que cada um possa
utilizar as medidas complementares”, afirmou em Coimbra aos jornalistas.
Afinal, lembra a ministra, "a cada 15 dias estamos a duplicar os casos de Covid-19".
Quanto à nova variante, detetada em África da Sul, assumiu que estão atentos às informações partilhadas ao nível da sua transmissão e características . O Governo está a “acompanhar com muita preocupação. Sabíamos que o pior cenário poderia transformar-se num cenário bastante complexo se surgissem novas variantes que escapassem à proteção das vacinas”.
Em relação às novas medidas, aprovadas em Concelho de Ministros de quinta-feira, Marta Temido fala em medidas suficientes. “São medidas proporcionais à fase em que estamos. Estamos com uma taxa de vacinação que nos dá uma tranquilidade relativa face aquilo que é a doença grave e até às consequências fatais da doença”, disse.
“Por outro lado, também a perceção de que nós estamos integrados num contexto em que em toda a Europa a incidência e a transmissão estão a aumentar e há variantes de preocupação a surgir em alguns pontos do globo”, prosseguiu.
Portugal continental vai entrar a 1 de dezembro em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19, anunciou o primeiro-ministro. É a segunda vez este ano, depois de ter estado neste nível entre 1 de maio e 30 de setembro.
A situação de calamidade é o nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil, depois da situação de alerta e de contingência.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 1.133.241 casos da doença, dos quais 18.385 morreram e 1.065.331 conseguiram recuperar.