Os Países Baixos suspenderam, este domingo, por precaução, a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, até 28 de março, depois de se terem registado “possíveis efeitos secundários” na Dinamarca e na Noruega.
“Com base em novas informações, a Autoridade holandesa do medicamento aconselhou, como medida de precaução e enquanto se aguarda investigação adicional, a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca”, anunciou o ministério da Saúde holandês, num comunicado citado pela Agência France Press.
Para o ministro da saúde holandês, Hugo de Jonge, cujas declarações foram reproduzidas no comunicado, “a questão crucial é de saber se são queixas depois da vacinação ou devido à vacinação”.
“Não deve haver dúvidas sobre as vacinas. Devemos sempre ter cuidado. É aconselhável pressionar o botão de pausa por precaução”, vincou.
Países Baixos juntam-se a vários outros países
De acordo com o ministério da Saúde, não há registo de casos semelhantes nos Países Baixos. Porém, a tutela aconselha os cidadãos que tomaram a vacina a contactarem o seu médico, caso apresentem sintomas “inesperados e/ou desconhecidos” três dias depois.
Os Países Baixos, juntam-se, assim a outros países europeus onde a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 foi suspensa depois de terem sido conhecidos vários casos de formação de coágulos sanguíneos: Dinamarca, Bulgária, Itália, Noruega e Irlanda. A Áustria suspendeu um lote considerado danificado, tal como Estónia, Lituânia, Letónia e Luxemburgo (todos o mesmo lote, que fora entregue em 17 países). A França confirmou que continuará a administrar a vacina.
Este domingo, em comunicado conjunto, o Infarmed e a Direção-Geral de Saúde garantiram que a vacina da AstraZeneca continuará a ser administrada em Portugal, apesar do registo de duas reações adversas.
A AstraZeneca disse na sexta-feira que a sua vacina não implica qualquer “risco agravado” de formação de coágulos sanguíneos.
Também na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde afirmou que “não há razão para não usar” aquela vacina.