O representante da República nos Açores, Pedro Catarino, indigitou esta terça-feira José Manuel Bolieiro para formar governo após a vitória sem maioria absoluta da Aliança Democrática (AD) nas eleições regionais de 4 de fevereiro.
Pedro Catarino argumentou que, apesar da maioria relativa, "os eleitores deram uma vitória expressiva à coligação PSD/CDS/PPM, que obteve 26 mandatos".
As audiências com os partidos políticos representados na assembleia legislativa permitiram concluir que, ao contrário do que aconteceu em 2020, não foi formada nenhuma coligação pós-eleitoral nem um acordo de incidência parlamentar, mas a coligação AD liderada pelo PSD propôs-se formar um governo de maioria relativa, afirmou o representante da República.
"Todas as demais forças política reconhecem à coligação legitimidade para formar governo" e "todas as forças políticas, exceto o PS e o Bloco de Esquerda, manifestaram abertura para proceder a sua análise e eventual viabilização" do programa de governo, salientou Pedro Catarino.
Ainda de acordo com o represente da República, todas as forças políticas admitem analisar, caso a caso, as propostas apresentadas pela coligação na assembleia regional, incluindo o orçamento para os Açores.
"Cabe agora à assembleia legislativa apreciar o programa do novo governo regional e decidir sobre o futuro deste. Estou convicto que os partidos, cientes das consequências profundamente negativas de uma nova crise política, estarão à altura das responsabilidades que os eleitores lhes confiaram e saberão, em cada momento, tomar as opções mais adequadas", apelou Pedro Catarino.