Os funcionários judiciais voltam, esta segunda-feira, às greves, com uma paralisação de um dia convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça e o primeiro dia de mais quatro meses de greves típicas, mas também criativas, do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
"Será uma mistura de greves tradicionais, de dia inteiro, que não serão coincidentes em todo o território nacional, que serão complementadas com greves por juízos, núcleos, distritos ou por municípios, consoante a dimensão dos tribunais", que terão início à hora a que naquele juízo estiver designada a primeira diligência, terminando às 12h00 ou às 17h00, consoante comecem de manhã ou à tarde, explicou António Marçal à Lusa.
Estas greves estão programadas para durarem até 31 de dezembro, acrescentou.
Já o Sindicato dos Oficiais de Justiça anunciou na passada semana uma greve nacional para hoje, de apenas um dia, mas admitindo vir a agravar a luta "se o Governo mantiver a arrogância governativa que tem evidenciado".
Os sindicatos estimam as diligências já adiadas pelas paralisações num número superior a 100 mil mas, segundo cálculos do SFJ, se forem tidos em conta todos os atos, como citações, notificações e outros, pode ultrapassar os cinco milhões..