Moreru Dylan da Silva, o soldado que estava em falência hepática na sequência de um golpe de calor sofrido durante os treinos no curso de Comandos. A notícia já foi confirmada pelo próprio ministro da Defesa, Azeredo Lopes, em declarações aos jornalistas em Monforte.
"Não cabe agora outra coisa senão o silêncio”, disse Azeredo Lopes, aos jornalistas, acrescentando que "do ponto de vista político, serenamente" vai continuar a ser feito "o que já se iniciou: um inquérito" às circunstâncias que levaram a estas mortes.
O jovem, de 20 anos, estava internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
"É com profundo pesar e consternação que o Exército informa que faleceu hoje, dia 10 de Setembro de 2016, pelas 9h25 horas, o Soldado Dylan Araújo da Silva. O militar, que frequentava o 127º Curso de Comandos, encontrava-se internado no Hospital Curry Cabral, desde o dia 06 de setembro, devido a complicações hepáticas", lê-se no comunicado entrentanto emitido pelo Exército.
"Neste momento de luto, dor e sofrimento para a família e para o Exército, o General Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico José Rovisco Duarte, transmitiu à família todo o apoio e solidariedade. O apoio psicológico aos familiares continua a ser assegurado através do Centro de Psicologia Aplicada do Exército", acrescenta a nota.
Esta é a segunda morte de um militar na sequência do treino dos Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no domingo passado (4 de Setembro). No dia do treino um militar morreu e vários outros receberam assistência hospitalar.
Um desses militares que estava com prognóstico reservado tratava-se de Dylan Araújo da Silva.
O caso já desencadeou investigações na Justiça - instauradas quer pelo chefe do Estado-Maior do Exército, quer pela Procuradoria-Geral da República - e levou à suspensão dos cursos de Comandos do Exército.
Questionado sobre as investigações em curso, o ministro da Defesa disse hoje que não irá fazer antecipações sobre eventuais conclusões quando ainda há trabalhos a decorrer.
"Não vou antecipar, opinar sobre o andamento da investigação quando se acaba de saber que se perdeu uma vida", afirmou Azeredo Lopes, considerando "macabro e de mau gosto" eventuais considerações neste momento.