O presidente do PSD, Rui Rio, desdramatiza o facto de o parlamento ter decidido marcar o debate sobre Tancos pedido pelo partido em Comissão Permanente para depois das eleições, afirmando que “ninguém vai morrer por isso”.
“O parlamento entendeu que deve ser para a semana, por força da esquerda, é assim que será. A maioria assim decidiu”, disse Rio aos jornalistas, depois de uma visita a uma fábrica em Águeda.
Para o líder do PSD, o assunto Tancos já “foi muito debatido na campanha eleitoral” e deve passar agora para “a sede própria que é o parlamento”.
Questionado se não partilha da opinião do seu líder parlamentar, Fernando Negrão, que disse que o parlamento ficará “cego, surdo e mudo” com esta decisão, Rio deu uma resposta mais cautelosa: “Entendo que o Fernando Negrão tem razão quando diz que ainda era útil que esse debate se fizesse antes da decisão dos portugueses, entenderam que não, também ninguém vai morrer por isso.”
Sobre a realização desse debates em vésperas das legislativas poder ser visto como eleitoralismo, Rui Rio disse que tal dependeria da forma como decorresse a discussão: “Se fosse discutido e debatido com elevação, estávamos bem, se fosse sem elevação estávamos mal."
A decisão da conferência de líderes de marcar a reunião apenas para a próxima semana teve apenas a contestação de PSD e CDS-PP, levando o presidente social-democrata a concordar que isso prova que a "geringonça" está viva.