A partir de 1 de setembro entra em vigor um novo ciclo de medição das emissões poluentes, por via de novos testes, que resultam de um acordo entre os construtores e a Comissão Europeia. A entrada em vigor das novas regras pode fazer disparar os preços dos automóveis, alerta o secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro.
Em causa está a noção de que os dados destes testes vão dar resultados mais realistas sobre os consumo e de emissões dos carros.
“Há quatro países na União Europeia, entre eles Portugal, onde há um forte impacto da fiscalidade automóvel baseada nas emissões de CO2”, explica à Renascença Hélder Pedro, advertindo que o “imposto sobre veículos é um imposto muito progressivo conforme as emissões de cada carro”.
“O agravamento médio de 10% que se prevê este ano, nesta fase de transição das emissões, poderá levar a aumentos do imposto de 50, 70, 80%", refere, algo que considera "bastante preocupante”.
O secretário-geral da ACAP revela que tem estado a falar “com o Ministério das Finanças, à procura de uma solução”. O dirigente associativo reconhece que o Governo está limitado para fazer, por exemplo, “uma alteração da tabela”, mas garante que a sua associação "colocou em cima da mesa outras propostas que poderiam, dentro daquilo que é o quadro do imposto sobre os veículos, do código do imposto, minimizar o impacto já no ano corrente”.