A conferência episcopal do Quénia apelou ao Governo do país para não fechar dois campos de refugiados, que juntos albergam mais de 500 mil pessoas.
O Governo anunciou, no início de Maio, a intenção de fechar os campos de Dadaab, na fronteira com a Somália, e de Kakuma, perto do Sudão do Sul, que actualmente albergam, respectivamente, 330 mil e 200 mil pessoas fugidas dos conflitos naqueles países.
O executivo queniano invoca razões financeiras e de segurança, dizendo que os campos de refugiados são locais propícios a infiltração por parte de militantes de grupos terroristas.
Agora os bispos católicos do Quénia juntam-se a várias organizações não-governamentais para pedir ao Governo que reconsidere.
“Recordamos o Governo da sua responsabilidade primária de dar prioridade aos princípios humanitários, de acordo com o direito nacional e internacional”, escrevem os 25 bispos, num comunicado.
“Exortamos o Governo a demonstrar um compromisso sincero para com as necessidades de todos, incluindo os refugiados”, concluem.