Os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeram que as medidas adotadas de combate à crise energética “serão visíveis em breve”, levando-a “muito a sério”.
“Estou confiante de que, muito em breve, os efeitos serão visíveis, porque sinto que enviámos também um sinal claro aos mercados, que significa que estamos prontos para trabalhar juntos, de que somos capazes de trabalhar em conjunto e que existe uma forte vontade política”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Falando em conferência de imprensa no final do primeiro de dois dias do Conselho Europeu, que teve várias horas de discussão sobre medidas para combater os altos preços no setor energético e assegurar a segurança do abastecimento, em Bruxelas, o responsável disse esperar que, “em breve”, os líderes da UE consigam “trabalhar muito e urgentemente para implementar […] as diferentes medidas que estão em cima da mesa”.
“É um tópico extremamente sério e também um tópico difícil, complexo”, concluiu Charles Michel.
Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lembrou as medidas já adotadas desde o início da guerra da Ucrânia, aquando da invasão russa em fevereiro passado, para salientar que todas as iniciativas têm “um efeito contínuo que os cidadãos podem ver”.
Ainda assim, deixou um alerta sobre futuras discussões: “Os diferentes Estados-membros têm prioridades diferentes, mas se olharmos para os passos que demos em frente, este roteiro tem de ser trabalhado e depois implementado”.
Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) concordaram hoje em “trabalhar em medidas” para conter os elevados preços da energia, acentuados pela guerra da Ucrânia, anunciou o presidente do Conselho Europeu.
O anúncio para este trabalho futuro foi feito após várias horas de discussões entre os 27, marcadas por posições divergentes em assuntos como limites temporários aos preços de referência no gás e regras de solidariedade no bloco comunitário para disponibilização de gás a todos os Estados-membros em caso de emergência.
Já mais favorável foi a discussão sobre compras conjuntas de gás, contando com o apoio dos chefes de Governo e de Estado europeus, de acordo com fontes europeias.
A crise energética na UE marcou a discussão no primeiro dia de cimeira europeia, realizada dias depois de a Comissão Europeia ter apresentado novas medidas para aliviar os preços do gás e da luz, a maior parte das quais com efeito no inverno do próximo ano, e quando se teme cortes no fornecimento russo ao bloco comunitário.