Luis Rubiales, antigo presidente da Real Federação Espanhola (RFEF), pediu o arquivamento do processo aberto pelo Tribunal Arbitral do Desporto, que pediu uma suspensão de três anos após o beijo que Jenni Hermoso garante que não foi consentido.
O ex-dirigente apresentou a sua defesa num documento de 18 páginas, que a "Europa Press" teve acesso.
Rubiales insiste que o beijo "foi consensual e quem disser o contrário é mentiroso". "Tudo o que disse até agora foi a minha única versão e continuará a ser a minha versão. Todas as declarações após o incidente comprovam que foi consensual", disse.
No documento, Rubiales afirma que a acusação tem por base "a ausência de objetividade legal" e promete recorrer à justiça civil se o caso não for arquivado.
O antigo dirigente, entretanto suspenso pela FIFA por três anos, fala em "demagogia brutal" e diz-se "vítima de linchamento".
Rubiales assume que cometeu um erro e que "já sabia que viriam atrás" dele. "A situação caiu muito bem a um setor radicalizado da política espanhola", acusa.
O Ministério Público espanhol indiciou Rubiales pelos crimes de agressão sexual e coação pelo sucedido a 20 de agosto, nos festejos da conquista do título de campeã do mundo de futebol feminino por parte da Espanha. Hermoso garantiu publicamente que o beijo não foi consentido.
Na sequência desse caso, todas as jogadoras que representaram a Espanha no Mundial anunciaram a renúncia à seleção a não ser que houvesse grandes mudanças na direção da RFEF.