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Quatro surtos, 78 casos positivos de Covid-19 e 1.327 alunos de 52 turmas em isolamento profilático é o mais recente balanço da situação que levou à suspensão das aulas presenciais dos 1º e 2º ciclo em cinco concelhos do Algarve.
Os dados foram avançados esta segunda-feira à Renascença pela diretora regional de saúde do Algarve.
Ana Cristina Guerreiro também explicou porque é que os pais não foram avisados mais cedo da suspensão das aulas.
“Procurámos fazer uma proposta para apresentar à autoridade de saúde nacional e para, também, harmonizar com a estrutura do Ministério da Educação. Isto tudo exige algum tempo e só foi possível o comunicado sair às 18h00 de domingo. Gostaríamos de tê-lo feito mais cedo, no entanto, a vantagem de ter sido no domingo é que já temos dois dias em que as crianças não foram às escolas”, explica a diretora regional de saúde do Algarve.
A medida obriga a que os alunos passem a ter ensino à distância, na prática, até ao fim do ano escolar ou seja, até 8 de julho, sublinha a responsável.
"Para já, foi decidida esta medida que consideramos, em termos de eficácia, poder ter algum efeito diminuição da transmissão de casos nesta área geográfica. Estamos abertos a tomar outras medidas, se for necessário", afirma Ana Cristina Guerreiro.
A diretora regional de saúde do Algarve adianta também que há outros surtos ativos na região.
Os municípios que apresentam números mais elevados de casos nos últimos 14 dias são os de Albufeira, Loulé, Faro, Olhão e São Brás do Alportel.
A Autoridade de Saúde Regional do Algarve determinou no domingo a suspensão das aulas presenciais do 1.º e 2.º ciclos, a partir desta segunda-feira, nos municípios de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel, devido à "gravidade da situação" epidemiológica.
Os deputados algarvios do PSD vão interpelar o Governo, com carácter de urgência, sobre a suspensão das aulas presenciais em cinco municípios do Algarve. Dizem que esta medida, anunciada ontem ao final do dia, mostra desrespeito pelos pais, uma vez que põe em causa os que trabalham, muitos deles não têm onde deixar os filhos.
Ouvido pela Renascença, Cristóvão Norte não entende a decisão da entidade de saúde regional uma vez que os casos de Covid-19 nos estabelecimentos de ensino visados, são muito reduzidos.