O funeral do piloto André Serra, que morreu esta sexta-feira após a queda de um avião de combate a incêndios, realiza-se pelas 12h deste domingo, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em São Domingos de Benfica.
Os restos mortais daquela que é a primeira vítima dos incêndios em Portugal este ano foram autopsiados no gabinete médico-legal do Hospital da Guarda e seguiram este sábado para Lisboa, onde já teve início o velório do piloto de 38 anos, na igreja de Lisboa, destinada a celebrações da Força Aérea, confirmou a Renascença.
Este sábado, o gabinete de investigação de acidentes aéreos adiantou que anunciará os primeiros dados dos factos apurados na segunda-feira. Em comunicado, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) afirma que a equipa enviada para o local registou e analisou, no local do acidente, o estado dos destroços da aeronave, os quais vão ser transportados para o hangar de investigação que possui no aeródromo de Viseu, para realizar "os trabalhos de perícias técnicas através de testes e ensaios".
"O GPIAAF prevê publicar no final da próxima segunda-feira, dia 18, uma nota informativa dando conta dos factos apurados, conforme confirmados até essa data, e dos passos seguintes da investigação".
Os investigadores estão a entrevistar testemunhas, nomeadamente os pilotos das aeronaves que se encontravam no local, e a recolher "um primeiro conjunto de informação documental necessária junto da empresa envolvida".
Os destroços do avião "serão transportados proximamente para o hangar de investigação do GPIAAF localizado no aeródromo de Viseu, onde serão posteriormente realizados os trabalhos de perícias técnicas através de testes e ensaios", acrescenta.
O piloto de um avião anfíbio de combate a incêndios morreu sexta-feira após a queda da aeronave que pilotava, numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa, distrito da Guarda.
"O óbito foi decretado no local pela equipa médica do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica. O corpo do piloto ficou carbonizado e o avião anfíbio completamente destruído", disse à Lusa o presidente da Câmara de Foz Coa, João Paulo Sousa.
Segundo uma nota da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o alerta para o acidente foi dado às 19:55 e o "avião anfíbio médio FireBoss, do Centro de Meios Aéreos de Viseu, afeto ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais" estava a operar num incêndio em Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.