O Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) anunciou esta quinta-feira uma nova onda de greves entre 1 e 30 de abril.
Os maquinistas acusam a tutela e a CP de não ter "efetuado qualquer diligência para a resolução do conflito laboral em curso", pedindo aumentos salariais e melhores condições de trabalho.
"Não tendo nem a tutela nem a CP neste interregno, numa atitude autista e de desconsideração pelos trabalhadores e pelas dificuldades que estes e as suas famílias atravessam nestes tempos de inflação galopante, efetuado qualquer diligência para a resolução do conflito laboral em curso, não resta aos Maquinistas outro caminho se não continuar a luta", refere SMAQ, em comunicado.
Os maquinistas dos comboios reivindicam "aumentos salariais efetivos" e a valorização da carreira, melhores condições de trabalho e mais formação, entre outras exigências.
Nesta paralisação de serviços de CP estão envolvidos maquinistas, técnicos, inspetores de tração e outros trabalhadores.
A greve inclui períodos de paralisação entre as 00h30 e as 6h00 durante todo o mês e todos os períodos de trabalho superiores a 7h30, além de greve a todo o trabalho suplementar entre 16 e 22 de abril.
Além desta greve dos maquinistas, os sindicatos Sintap e Sinafe anunciaram uma greve de 24 horas na Infraestruturas de Portugal (IP) para o dia 6 de abril, apontando o "silêncio" da empresa e do Governo nas negociações com os trabalhadores.