17 mar, 2022 - 16:27 • Ricardo Vieira, com agências
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Sobreviventes do ataque de quarta-feira contra o teatro de Mariupol, na Ucrânia, começaram a ser retirados dos escombros, avança o governador da região citado pelas agências internacionais.
De acordo com o "Guardian", foram salvas 130 pessoas até ao momento das ruínas do edifício. Centenas de pessoas estavam escondidas na cave do teatro.
As informações sobre as consequências do bombardeamento ainda são escassas.
Mas segundo informações reveladas pelas autoridades ucranianas, o abrigo subterrâneo terá conseguido resistir às bombas.
As imagens divulgadas mostram que parte do teatro da cidade de Mariupol, que está sitiada pelas forças armadas da Rússia, ficou reduzida a escombros. O edifício estava sinalizado como um abrigo onde estavam crianças, segundo fotografias de satélite reveladas pela BBC.
Até ao momento, não há notícia sobre a existência de vítimas.
O Ministério da Defesa da Rússia já negou responsabilidade pelo ataque e aponta o dedo às forças ucranianas.
O teatro de Mariupol servia de abrigo a cerca de um milhar de pessoas, de acordo com a autarquia.
O bombardeamento do Teatro de Mariupol foi confirmado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
"Outro crime de guerra horrendo em Mariupol. Massivo ataque russo ao Teatro Drama, onde centenas de civis inocentes estavam escondidos. O edifício está agora totalmente em ruínas. Os russos não podiam saber que este era um abrigo civil. Salve Mariupol! Pare os criminosos de guerra russos!", escreve Kuleba Dmytro nas redes sociais.
O Presidente da Ucrânia acusou a Rússia de causar "centenas de vítimas" no bombardeamento.
“Em Mariupol, a Força Aérea Russa lançou conscientemente uma bomba no Teatro Dramático, no centro da cidade”, disse Volodymyr Zelensky, na noite de quarta-feira, acrescentando ser “ainda desconhecido o número de mortos”.
“O mundo deve finalmente admitir que a Rússia se tornou um estado terrorista”, alertou.
O Ministério da Defesa russo negou ter bombardeado a cidade e alegou que o edifício foi destruído pelo batalhão ultranacionalista ucraniano Azov.
Na semana passada, Moscovo já tinha culpado o batalhão Azov pelo bombardeamento de uma maternidade e hospital pediátrico perto de Mariupol, que causou três mortos e 17 feridos.
A Rússia realizou novos ataques aéreos na manhã de hoje na cidade portuária de Mariupol, segundo uma declaração do gabinete do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
O gabinete de Zelensky não relatou vítimas nos últimos ataques àquela cidade sitiada pelas forças russas.