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Esta é uma Conferência para refletir sobre o futuro dos jovens:
Têm baixos salários, dificuldade em encontrar trabalho, arranjar casa, pagar contas, viver independentes dos pais, constituir família. Estão entre os mais afetados pela crise económica provocada pela pandemia, mas é deles que depende o futuro do país.
A caminho d’A Jornada Mundial da Juventude, a Renascença e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associam-se para debater os desafios enfrentados pelos mais jovens, o que foi feito em termos políticos nas últimas décadas e o que poderá ser feito no futuro.
Os jovens entre os mais afetados pela crise económica provocada pela pandemia:
Sabia que os jovens estão entre os mais afetados pela crise económica e o desemprego provocados pela pandemia de Covid-19? Jovens com menos de 30 anos enfrentam hoje em dia desafios consideráveis para encontrar emprego correspondente às suas competências. Um dos problemas sentido hoje pelos jovens prende-se com as dificuldades em encontrar um primeiro emprego quando terminam a escola, o curso superior ou uma formação. Quase metade dos jovens europeus tem contratos de trabalho temporários (45,9 %), em comparação com um em cada dez dos restantes trabalhadores. Depararam-se com dificuldades para fazer face às despesas diárias, como as faturas e a renda, e 61 % estão preocupados com a procura ou manutenção de habitação adequada nos próximos dez anos. Os agregados familiares compostos por jovens são mais pobres. Estes são dados do Relatório de 2022 da Comissão Europeia sobre a evolução do emprego e da situação social na Europa (ESDE).
Em Portugal a realidade não é diferente daquela que se vive no resto da Europa:
Em Portugal sabemos que, de acordo com o apurado no Retrato «Os Jovens em Portugal, Hoje», de Laura Sagnier, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, esta realidade não é diferente da que se passa na Europa, nalguns pontos é até mais desafiante: entre os jovens portugueses que estão desempregados, mais de um terço (38 %) estão desempregados por causa do estado de emergência. Só metade dos jovens portugueses que trabalham por conta de outrem tem contrato efetivo. Três em cada quatro jovens que trabalham ganham até 950 € líquidos por mês. A maioria dos nossos jovens (57%) ainda vive com pais ou familiares. Um terço dos que vivem com os pais ajudam nas despesas da casa. Apenas um em cada cinco jovens portugueses tem filhos ou está à espera do primeiro filho. A maior parte dos jovens com filhos (64%) tem apenas um filho.
Um futuro repleto de desafios:
A estas dificuldades em ganhar salários mais elevados, encontrar trabalho correspondente às suas habilitações, sentir-se realizado e devidamente compensado profissionalmente, em pagar contas, viver independente dos pais, arranjar casa ou poder constituir família, acrescem outros desafios: as preocupações ambientais, as questões de género como fator de desigualdade, a dificuldade em serem ouvidos, a falta de participação política, a saúde mental, a preocupação pela imagem que as redes sociais impõem, os problemas e distúrbios alimentares, a obesidade e o envelhecimento da população, as muitas apreensões em relação ao futuro e à falta de oportunidades numa sociedade cada vez mais tecnológica, a pedir constantes adaptações.
Nenhum destes desafios é novo mas a pandemia veio agravá-los e a urgência em debatê-los mantém-se. Perceber que políticas já foram aplicadas e que outras soluções podem ser encontradas para garantir um futuro mais promissor para os nossos jovens é o objetivo da conferência «Em Nome do Futuro. Os Desafios da Juventude».
Numa altura em que Portugal se prepara para receber jovens de todo o mundo para o encontro com o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de 2023 em Lisboa, surge o mote para a realização desta conferência marcada pelo tema “Juventude”, com um foco predominantemente nacional, dando, por isso, relevância aos desafios enfrentados pelos mais jovens no nosso país e às políticas de juventude das últimas décadas.
Conheça aqui o programa e inscreva-se já
PROGRAMA:
29 de setembro - CCB - Sala Luís de Freitas Branco
Em nome do futuro: os desafios da Juventude
9.00- Boas-Vindas
- Intervenção de D. Américo Aguiar – Presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia
- Intervenção de Edmundo Martinho – Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
9.20 – Sessão de Abertura
- Luís Montenegro – Presidente do PSD
9.40 – Debate: Esta economia não é para jovens?
- Carlos Oliveira – Fundação José Neves
- Amílcar Moreira - Investigador e Professor Auxiliar Convidado no ISEG
- Miguel Santo Amaro – cofundador Uniplaces / CEO Coverflex
- Inês Relvas – Chief Strategic Officer Universo - Sonae
10.45 – Intervalo
11.00 – Debate: Políticas para uma Nova Geração
- José António Vieira da Silva – Antigo Ministro da Economia e também do Trabalho e Solidariedade Social
- Jorge Moreira da Silva – Presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável
- Luís Lobo Xavier – Coordenador da Iniciativa Justiça Intergeracional da Fundação Gulbenkian
- Adriana Cardoso – A Próxima Geração - Apolitical Academy
12.30 – Encerramento
- Ana Catarina Mendes – Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares
Esta é uma Conferência organizada conjuntamente pela Renascença e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa