10 nov, 2021 • Cristina Nascimento , André Peralta (sonorização)
Aprende-se sempre muitas coisas na Web Summit e em muitas áreas, mas da edição deste ano, no que toca à tecnologia, destacam-se dois temas: metaverso e criptomoedas.
Há já vários anos que se fala na aposta em vidas paralelas no mundo digital, se calhar lembra-se do Second Life. Agora esta tendência parece voltar a ganhar força e quem sabe desta vez vinga mesmo. Certamente já ouviu falar em metaverso. Ora este mundo, à boleia da pandemia, tem dado que falar. Uma jovem cantora pop Zara Larsson foi ao Palco central contar como há uns meses fez o lançamento do seu álbum com quase quatro milhões de pessoas, sem sair da sua sala de estar. A experiência fá-la acreditar que este é o futuro, fazer concertos e conhecer fãs num mundo virtual.
Outra pessoa que falou de metaverso foi um responsável do Facebook. Chris Cox e o jornalista que falou com ele no palco central partilharam a experiência que tiveram recentemente sobre uma reunião a dois neste mundo digital. Ambos elogiaram a comodidade do sistema, embora também reconheçam falhas e como ainda é estranho falar de assuntos sérios neste ambiente. Chris Cox disse que esta ferramenta ainda vai evoluir e que vai ser significativamente melhorada
Quanto às criptomoedas, num dos painéis do palco central perguntaram aos milhares de pessoas que estavam no Altice Arena "quem tem criptomoedas". E quase toda a gente levantou a mão. É certo que o público na Web Summit é propício a ter criptomoedas, mas também parece certo que as moedas virtuais vieram para ficar e que, para milhões de pessoas, já representam uma forma alternativa de fazer render as poupanças.
Há aliás cada vez mais formas variadas de criptomoedas e investimentos financeiros digitais, já para não falar de centenas de aplicações que são porta-moedas-digitais e plataformas de transação deste tipo de ativos.