06 mar, 2019
As propostas de Macron para uma Europa diferente para melhor
Numa análise às propostas feitas pelo Presidente francês, o socialista Fernando Medina lembra que "teve um carácter inédito", com "o Presidente francês a dirigir-se directa e pessoalmente às pessoas da Europa". Fê-lo sozinho (não numa carta escrita com Merkel, que é o que acontece habitualmente) e assumiu essa liderança e responsabilidade. Segundo ponto, sinaliza de forma límpida um momento de urgência na UE, em que os nacionalismos/populismos estão a crescer e ele diz que "este é o momento de agir porque se não vamos destruir a UE". Medina destaca as medidas propostas como a criação de uma agência europeia que assegure a transparência dos métodos democráticos e garantir a liberdade e a veracidade da informação.
Relativamente à protecção, Macron diz que tem de haver um sistema de fronteiras eficaz e que garanta os valores europeus. Tem de haver reforço do espaço Schenguen, mas também um reforço da política comum de asilo. Medina dá razão a Macron: "não podemos lidar com os problemas actuais com a política de asilo existente neste momento". Por outro lado, a Europa precisa de um aumento da população dadas as baixas taxas de natalidade.
Num terceiro ponto, ligado ao progresso, Macron diz que estamos numa concorrência desigual face aos dois blocos (EUA/China) e é preciso alguma protecção comercial interna na UE. Na contratação pública deve ser privilegiada a contratação de europeus, uma vez que essa protevcção existe no interior dos outros dois blocos. Quanto ao chamado Banco Europeu do Clima, Medina aplaude a ideia.
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