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Casa Comum - Fernando Medina contra "desvalorização" dos alegados crimes de Rui Pinto - 27/03/2019

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Fernando Medina contra "desvalorização" de alegados crimes de Rui Pinto

27 mar, 2019 • Redação


A morte do antigo secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, a redução para 0,5% do défice em 2018, a devastação provocada pelo ciclone Idai em Moçambique e o caso de Rui Pinto - hacker para uns, denunciante para outros – foram temas em destaque no programa Casa Comum desta semana, com o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Em relação ao processo de Rui Pinto, colaborador do Football Leaks, que está detido em Lisboa a aguardar o desenrolar do processo Doyen/Sporting, o autarca socialista é contra o “justicialismo mediático” e defende que quem comete crimes deve ser condenado.

“Posiciono-me do lado de quem defende o Estado de direito, quem comete crimes deve ser punido por isso e quem está sob suspeita de crime deve ser investigado. Depois, no decorrer da investigação e no julgamento, se aí se chegar, será avaliada a sua culpabilidade ou não. Rui Pinto está nessas circunstâncias de ser indiciado por ter cometido crimes e deve ser julgado por isso, se se chegar a essa fase, e nada serve para menorizar”, defende Fernando Medina.

“Sou o mais possível contra esta ideia de um certo justicialismo, que é: ‘vamos lá descontar coisas que possam ter acontecido a crédito de outras que se possam apanhar por esta via’. Não nos cabe a nós através da comunicação social fazer a justiça e aceitarmos a prática de um certo judicialismo mediático”, sublinha.

Fernando Medina considera que se, ao longo da investigação forem encontrados indícios que levem a abertura de “processos autónomos sobre outras matérias, sejam de natureza fiscal ou de qualquer outro tipo, atinja quem atingir, isso é positivo e a justiça tem obrigação de o fazer”.

“Agora, não confundo isso com a tentativa que existe de certos setores de desvalorizar o crime cometido por alguns, porque terá aqui um papel de denunciante em relação a outros crimes mais graves. Não é assim que um Estado de direito deve funcionar”, afirma o presidente da Câmara de Lisboa.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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