30 set, 2018
Será o grande assalto da noite de 27 para 28 de junho de 2017 aos Paióis Nacionais de Tancos, concelho de Vila Nova da Barquinha, e o que se vai sabendo da investigação o indício de que nem tudo se resolve com mais dinheiro ou menos cativações?
A quatro dias de mais um aniversário da República, somam-se sinais preocupantes de degradação de princípios e valores em instituições-chave da sociedade portuguesa? Aumenta a distância entre princípios e realidade na vida pública?
Independentemente do apuramento final dos factos e das responsabilidades perante a justiça até onde irão os danos reputacionais e políticos?
Questões à volta de Tancos para ampliar no Conversas Cruzadas onde se discutirá também o caso Infarmed e a sua frustrada transferência para o Porto. Falta ao processo de decisão política, ponderação, maturidade, bom senso e acompanhamento das dinâmicas sociais tudo somado com a visão integral do que está verdadeiramente em causa?
Por último, a semana na Assembleia Geral da ONU. Tempo de discursos dos líderes mundiais, mas em perda de atenção. Faltam figuras de dimensão histórica. Já não temos intervenções como Kennedy em 63, Fidel long-version, Krushev a bater com o sapato, Chávez a cantar e em quinze minutos regista-se um desfilar de generalidades destinadas a eleitorados domésticos.
Qual é a regra então para seguir a AG da ONU? Estar atento a quem conta no panorama mundial (Trump, UE, Putin, China) aguardando novidades ou assistir à reiteração do “óbvio ululante” na expressão imortal de Nélson Rodrigues?
Respondem o economista Luís Aguiar-Conraria, o jurista Nuno Botelho e o especialista em geopolítica José Pedro Teixeira Fernandes.