17 mar, 2019
Portugal está numa trajectória de consolidação orçamental sustentada na despesa, mas não isenta livre de perigos. Esta é a mensagem essencial da presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral, esta semana, na sua primeira apresentação de um relatório do organismo que monitoriza as contas do país.
A presidente do CFP sublinhou que o país continua a ter um elevado grau de endividamento o que reduz o leque de opções políticas e o deixam vulnerável a conjunturas externas como o aumento dos juros.
Mas não faltam também riscos domésticos numa altura em que “a economia portuguesa aparenta ter terminado a fase de expansão e estar a iniciar a fase descendente do ciclo, num contexto que merece preocupação”, alertou Nazaré Costa Cabral. O CFP (Conselho das Finanças Públicas) surge mais pessimista e revê metas: prevê um crescimento económico até 2023 de 1,6%, menos dos que os 2,2% estimados pelo governo.
A análise dos riscos indicados pelo CFP. bem como do Brexit, após o parlamento britânico ter aprovado o pedido de extensão da data limite, ou os desafios colocados ao gigante Boeing por Trump ao reverter uma decisão do regulador e proibir os voos do 737 Max8 são temas para mais uma edição de Conversas Cruzadas.