29 set, 2019 • José Bastos
Um caso que aparenta comprometer o Estado na sua máxima expressão política ou institucional pode ficar de fora da campanha eleitoral? A acusação do MP no caso Tancos condiciona as aspirações do PS à maioria absoluta? Que marcas deixará na relação futura entre Marcelo e António Costa? Nunca mais será a mesma?
Perguntas para o debate onde pelo meio se olhará ainda para os calendários do MP na dedução da acusação, Rui Rio a endurecer o tom de discurso na campanha e a visar eventuais responsabilidades políticas do primeiro-ministro incumbente que recorre ao clássico “é um caso de justiça e aí deve ficar, à justiça o que é da justiça”. Mas, se à esquerda se defende a não-judicialização da campanha também surgem receios face à eventual da politização da justiça.
Demasiadas pontas soltas num caso de extrema gravidade, a causar grande erosão na confiança nas instituições e, no limite, a colocar todo o regime de causa com alegações e suspeitas sobre a conduta do Governo, das Forças Armadas e até com uma tentativa de envolver a Presidência da República.
Tancos em debate com Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, universidade de Arlington, na Virginia, Luís Aguiar-Conraria, professor da Universidade do Minho e Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.