04 dez, 2017 • Paulo Ribeiro Pinto
Há já quem compare esta corrida à moeda digital – ou melhor, criptomoeda para ser mais exacto – à febre do ouro nos Estados Unidos, em meados de 1800, quando milhares de pessoas se deslocaram para a Califórnia à procura de fortuna fácil.
Muitos alertam para uma bolha que depressa iria rebentar, à semelhança do que aconteceu com a crise das tulipas na Holanda, em 1630, ou com as empresas de tecnologia no início deste século.
Mas o que explica esta corrida e consequente aumento do valor desta moeda? João Castro, director do Centro Digital da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, aposta da lei da oferta, tal como acontece com a arte.
A bitcoin tem por base a tecnologia “blockchain”, em que os dados estão espalhados por todo o mundo de maneira descentralizada, impedindo que sejam adulterados e assim mantendo a confiança entre os utilizadores.
Não está associada à economia de um país ou controlada por qualquer organismo de supervisão, como o Banco Central Europeu ou a Reserva Federal norte-americana.
Nesta falta de regulação, muitos apontam para falhas que poderiam servir fins menos lícitos.
A forma de conseguir as criptomoedas é o chamado “mining”, em que os utilizadores são recompensados pela manutenção da rede, comprando a moeda ou recebendo o pagamento de alguma compra.
Mas a tecnologia ainda está no início, bem como as implicações para o sistema financeiro mundial.
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