07 mai, 2018 • Paulo Ribeiro Pinto
Muitas vezes ouvimos a frase "a nossa liberdade termina onde começa a do outro", mas nem sempre sabemos onde está a fronteira, e na maior parte dos casos nem tomamos em linha de conta os efeitos que as nossas decisões vão ter sobre terceiros.
A maior parte desses efeitos são quase imperceptíveis, mas quando ganham dimensão a conversa já é outra. A isto os economistas chamam externalidades, que podem ser negativas ou positivas.
Um exemplo típico nas aulas de economias de externalidades negativas é a poluição. Imagine uma fábrica que produz sabonetes e que para o fazer poluiu o rio ali ao lado. Os habitantes deixam de ter água potável, mas têm emprego.
A solução pode ser fechar a fábrica, mas o custo social seria muito grande. Outra solução seria obrigar a empresa ter uma estação de tratamento e impor multas em caso de violação das normas. É aqui que entra o Estado, porque os mercados não conseguem resolver o problema, ou seja, há uma falha.
O mesmo principio pode aplicar-se à saúde e às nossas escolhas. Um exemplo típico de externalidades positivas são os planos nacionais de vacinação, que não só permitem evitar doenças nas crianças, como protegem as restantes.
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