21 mai, 2018 • Paulo Ribeiro Pinto
Quando vai ao supermercado comprar abacates do México, bananas do Equador, mangas do Brasil, pêras da África do Sul ou romãs de Israel pode agradecer ao comércio internacional.
Mas o que é isso? “É o comércio entre a União Europeia e os EUA, entre os Estados Unidos, a União Europeia e a China… portanto, entre nações do mundo. É um bocadinho diferente de comércio interno, na medida em que as fronteiras existem e, portanto, há algumas barreiras naturais outras artificiais”, descreve o professor de Economia, da Nova School of Business and Economics, Luís Campos e Cunha.
Uma dessas barreiras artificiais podem ser as tarifas, como aquelas que o presidente norte-americano, Donald Trump, quer impor e que podem deixar todos numa situação pior.
Ou seja, entramos numa guerra comercial, que pode ser tão devastadora como uma guerra convencional.
O comércio internacional tem de ter regras. Por exemplo, para proteger os países mais pobres e, desde que elas sejam cumpridas e justas, todos podem ficar numa situação melhor.
Uma das ideias mais extraordinárias tem 200 anos e refere-se à vantagem comparativa: quando um país produz, por exemplo, camisolas de forma mais eficiente do que o vizinho, que é melhor a produzir vinho, a teoria económica evoluiu muito desde então.
Da próxima vez que for ao supermercado, exercite a sua curiosidade e veja a origem dos produtos. Pode ficar surpreendido com os milhares de quilómetros que já percorreram até chegar às suas mãos.
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