26 out, 2016 • Fátima Casanova
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Se tem muitos empréstimos para pagar todos os meses e não está a dar conta do recado, peça já ajuda. O ideal é que não espere até ficar ainda mais endividado. Conheça as opções.
Consolidar os créditos. O que é isso?
É juntar pequenos empréstimos num só – de preferência hipotecário, dando a casa como garantia – porque um crédito hipotecário tem um prazo muito mais alargado de pagamento.
Assim, a prestação fica mais pequena no imediato e vai sendo diluída ao longo do prazo, que pode ir até 30 ou 40 anos.
No final, contudo, acabou por gastar mais dinheiro para pagar aquela dívida, apesar de pagar menos todos os meses.
Quem trata deste processo?
Os bancos e algumas empresas financeiras.
Passos a dar:
- Dirija-se ao seu banco e tente negociar
- Escolha o crédito hipotecário. Não queira recorrer ao crédito pessoal, porque o período para pagar a dívida é mais curto e os juros muito mais altos
- Não hesite em fazer perguntas sobre a taxa de juro, o spread e todas as condições propostas pelo banco. Tire todas as dúvidas
- Reúna outras propostas, porque assim ganha poder negocial e será mais fácil conseguir um acordo razoável e não ficar sujeito só às condições do credor.
Além de consolidar os créditos, há outras formas de baixar a mensalidade?
Outra forma é renegociar crédito a crédito junto das respectivas instituições financeiras, negociar o juro, os prazos. Junto de cada instituição há depois a hipótese também de consolidar.
Caso real: 30 mil euros em créditos
Uma família de três elementos residente na zona de Sintra pediu ajuda à Deco, porque tinha dívidas no valor de 30 mil euros, resultante de cerca de uma dezena de empréstimos que contraiu.
O valor da prestação mensal era de 990 euros. Depois de consolidar os empréstimos num só, passou a pagar 390 euros por mês – menos 600, porque o prazo para pagar as dívidas foi prolongado para dez anos.
O “Espaço do consumidor” é emitido na Renascença às terças e quintas-feiras, depois das 14h30.