03 out, 2022 • Vasco Gandra, correspondente em Bruxelas
A União Europeia contribui para ajudar a financiar os trabalhos do mais recente Prémio Nobel da Medicina.
O cientista sueco Svante Pääbo, distinguido esta segunda-feira com o galardão da Medicina ou Fisiologia pelas suas descobertas sobre a evolução humana, foi bolseiro do Conselho Europeu da Investigação e, por essa via, apoiado pela UE para levar a cabo os seus trabalhos.
O Conselho Europeu da Investigação foi criado pela UE, em 2007. É a principal organização europeia de financiamento da investigação e inovação, segundo os princípios da excelência científica, autonomia e eficácia que estimula através da concessão de vários tipos de bolsas.
Tem um orçamento total de 16 mil milhões de euros para o período entre 2021 e 2027, através do Programa Horizonte Europa.
O Comité Nobel explicou a atribuição do Prémio a Svante Pääbo "pelas suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana".
Especialista em paleogenética e também diretor do Departamento de Genética do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig, Alemanha, Pääbo recebeu em 2008 a sua primeira subvenção do Conselho Europeu da Investiação para então investigar a evolução genómica e fenotípica de bonobos, chimpanzés e seres humanos.
Em 2015, recebeu outra bolsa da instituição da UE para estudar sequências genómicas de hominíneos extintos.
A comissária Mariya Gabriel, responsável pela Inovação e Investigação deu os parabéns ao cientista sueco e manifestou-se "orgulhosa" por a UE ter apoiado Svante Pääbo durante uma década através do Conselho Europeu de Investigação.
"Isso mostra-nos como é importante confiar e investir nas mentes mais brilhantes e nas suas pesquisas", afirmou em comunicado de imprensa.
Não é primeira vez que um bolseiro do Conselho Europeu de Investigação recebe um Prémio Nobel. Isso já aconteceu por dez vezes.
Desde que foi lançado este órgão para a investigação já financiou mais de 12.000 projetos e mais de 10.000 investigadores.