24 out, 2022 • Vasco Gandra, correspondente em Bruxelas
A maioria dos cidadãos europeus está preocupada com as consequências da poluição atmosférica para a saúde e o ambiente e defende uma ação mais firme por parte dos poderes públicos e da indústria para mitigar esses efeitos.
Segundo o último inquérito do Eurobarómetro publicado esta segunda-feira, uma maioria de inquiridos considera que os problemas de saúde, como as doenças respiratórias (89%), a asma (88%) e as doenças cardiovasculares resultam da poluição atmosférica.
47% dos inquiridos considera mesmo que, na última década, a qualidade do ar piorou – apesar de esta percentagem representar uma queda de 11% relativamente a 2019.
O inquérito revela que muitos cidadãos não têm informação sobre os problemas causados pela poluição nem sobre as normas da UE em matéria de qualidade do ar.
Ainda assim, 67% dos inquiridos que têm conhecimento do que a UE faz nesta matéria defendem que as normas comunitárias devem ser reforçadas.
Por outro lado, uma grande maioria dos europeus considera que a poluição atmosférica deve ser combatida primeiro a nível internacional e depois a nível europeu e nacional e, finalmente, a nível regional e local.
Grande parte dos inquiridos é de opinião que a indústria e os grandes produtores de energia assente em combustíveis fósseis deveriam fazer mais para melhorar a qualidade do ar.
Muitos dos inquiridos consideram que é a nível da mobilidade que mais podem contribuir para reduzir as emissões nocivas para a atmosfera, através da utilização dos transportes públicos e de bicicletas, ou deslocações a pé.
O inquérito do Eurobarómetro foi realizado entre 21 de março e 20 de abril, tendo sido questionadas 26.509 pessoas.