31 out, 2022 • Vasco Gandra, correspondente da Renascença em Bruxelas
Líderes das instituições comunitárias felicitam Lula da Silva e manifestam desejo de trabalhar com o presidente eleito no sentido de reforçar as relações entre a União Europeia e o Brasil. Novo contexto político poderá relançar negociações para fechar acordo comercial entre UE e Mercosul.
"Os brasileiros escolheram a mudança", afirma no Twitter o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que espera felicitar em breve e "pessoalmente".
"A UE está comprometida em cooperar nos desafios globais: paz e estabilidade, prosperidade e mudanças climáticas", sublinha Charles Michel que promete trabalhar nestas questões com o conjunto da região latino-americana.
Também a presidente da Comissão felicita no Twitter o novo presidente. Ursula von der Leyen manifesta a intenção de trabalhar com Lula da Silva nos principais desafios globais como as mudanças climáticas, a segurança alimentar e o comércio.
Já a presidente do Parlamento Europeu optou por escrever em português nas redes sociais. Dá os "Parabéns" a Lula, "próximo Presidente do Brasil". "Para a UE, o Brasil é um importante aliado & parceiro, com elevado potencial. Juntos temos de enfrentar desafios globais como a guerra, desenvolvimento económico, segurança alimentar & alterações climáticas", afirma Roberta Metsola.
A vitória de Lula poderá levar os 27 e o Mercosul - bloco composto pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - a fechar finalmente um acordo comercial entre os dois lados do Atlântico.
Questionado hoje sobre o assunto, o vice-presidente Valdis Dombrovskis disse que a UE "está preparada para falar com o novo governo e discutir o caminho em frente", sublinhando que a União está comprometida com o acordo.
Em 2019, foi alcançado um acordo político geral entre os dois blocos, mas ainda há questões por resolver. Em particular, a UE tem manifestado preocupação com a situação de destruição da Amazónia.