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Pensões vão ter novo aumento. Como, quando e quanto?

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Pensões vão ter novo aumento. Como, quando e quanto?

18 abr, 2023 • Sérgio Costa


Esta segunda-feira, o primeiro-ministro anunciou um aumento intercalar das pensões a partir de julho deste ano. Ao antecipar esta atualização de 3,57% em seis meses - prevista inicialmente apenas para janeiro de 2024 -, o Governo corrige o cálculo inicial, que implicaria futuros cortes nas pensões.

As pensões vão aumentar mais de 3,57% em julho, face ao valor de dezembro de 2022, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, esta segunda-feira.

As subidas referem-se a todas as pensões até 5.765,16 euros, o que corresponde a 12 vezes o indexante de apoios sociais. A medida aplica-se igualmente a todas as pensões em pagamento, incluindo as de quem se reformou em 2022.

O cálculo inicial implicaria futuros cortes nas pensões. Este novo aumento corrige essa situação?

Exatamente. Com este aumento, o Governo antecipa em seis meses aquilo que estava previsto apenas para janeiro de 2024.

No fundo, o executivo aplica a fórmula de atualização das pensões que se encontrava suspensa.

A antecipação do aumento significa que não haverá atualizações em janeiro do próximo ano?

Haverá atualização, sim. Em janeiro de 2024, as pensões de reforma serão atualizadas pela fórmula atual, que está relacionada com o valor da inflação.

Quanto é que estas subidas vão custar?

A medida custa 580 milhões de euros este ano. A partir de 2024, irá exigir aos cofres do Estado mil milhões de euros por ano.

E o Estado português tem todo esse dinheiro disponível?

O Governo diz ser possível, porque o Estado está a ter uma maior receita do que o previsto. Mas como?

Porque a população ativa em Portugal - a que tem idade para trabalhar - atingiu um valor recorde de 5,2 milhões de pessoas, com a Segurança Social a registar 4,9 milhões de trabalhadores com contribuições regulares.

Há também outro fator: com a inflação elevada, o Estado obtém uma receita ainda maior, porque, se os preços sobem, os ganhos com o IVA também aumentam, havendo mais dinheiro disponível.

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  • Anastácio José Marti
    20 abr, 2023 Lisboa 10:52
    Será intelectualmente honesto recordar o Ministro das Finanças e o Primeiro Ministros, que a confirmar-se um aumento adicional para os pensionistas em Julho/23, que o aumento que vier a ser atribuído, seja ele qual for, já foi comido nos seis meses anteriores pela inflação, motivo pelo qual, por muito grande que supostamente venha a ser o aumento, nada pagará nem minimizará, o sofrimento daqueles e daquelas que no meio ano anterior quiseram comprar medicamentos, comer, bebidas ou outro algo e que foram impedidos pelos preços elevados impostos pela inflação. Tal suposto aumento já virá com pelo menos meio ano de atraso, sem esquecer, que meio ano antes, em Janeiro/23, vários eram os pensionistas que ainda estavam entre nós e que em Julho/23, certamente já não estarão e que por isso, em nada beneficiarão o suposto aumento prometido. Resumindo e concluindo, este Governo que só aposta nos subsídio-dependentes, apenas e só atribui migalhas, não para os portugueses verem o seu aumento de poder de compra como o deveria fazer, mas sim, apenas e só, para entreter os portugueses, e assim, quando for oportuno, lhes possa voltar a pedir o voto em troco destes rebuçados envenenados com que contamina a sociedade.
  • Anastácio José Marti
    19 abr, 2023 Lisboa 15:54
    No que ao aumento das pensões diz respeito, a confirmar-se que apenas ocorrerá em Julho/23, quantos pensionistas morrerão até lá e assim se verão privados de receberem tal suposto aumento? A adicionar aos que morrerem, quantos e quantas pensionistas, perderão entre Janeiro/23 e Julho/23 o aumento que lhes vier a ser atribuído? Não terão eles em Julho perdido mais do que o aumento que lhes vier a ser dado? São estas as formas de o Governo respeitar alguma vez os pensionistas e idosos portugueses, assim empurrados para a pobreza e miséria como se fosse para isso que fizeram os seus descontos ao longo das suas carreiras contributivas? Esta é pois a imagem de marca de um pseudo governo que em nada de estrutural investe, e muito menos em facultar aos portugueses no ativo e pensionistas, vencimentos e pensões que lhes permitam viverem com o mínimo de dignidade humana, o que a acrescentar à falta de casas seguras, a preços aceitáveis e de acesso a quem delas precisa, o mesmo Governo nada disto faz há sete anos, provando-nos a todos que o queiram ver que nunca esteve á altura das necessidades do país e dos portugueses.
  • Antonio Matos
    18 abr, 2023 Belverde 07:58
    Se o valor dos 3.57% tem por base o valor da pensão de 12/2022, então os pensionistas que foram aumentados em janeiro 2023 com 4.49%, ficam a perder dinheiro, Só teriam aumento se o valor fosse aplicado ao valor de 1/2023, ou a conta é feita de outra maneira