28 abr, 2023 • Anabela Góis
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira dados das Estatísticas Vitais.
Há muitas informações sobre alterações à taxa de natalidade , onde nascem mais bebés e quem são as mães portuguesas.
O Explicador Renascença resume os principais números.
Sim, a taxa de mortalidade infantil aumentou no ano passado em comparação com 2021. Um aumento ligeiro de 0,2 que significa que morreram 217 crianças com menos de um ano.
Tratam-se de mais 26 do que em 2021. Significa isto que a taxa de mortalidade infantil passou de 2,4 para 2,6 óbitos por mil nados-vivos.
As estatísticas não dão explicações para o aumento dos dados.
Sim. De acordo com o INE não só se está a ter filhos até mais tarde, como se está a aumentar a idade em que se é mãe pela primeira vez.
Entre 2013 e 2022, a idade média ao nascimento do primeiro filho aumentou um ano e quatro meses. Em 2022, a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho foi de 30,8 anos, sendo que um terço dos bebés que nasceram o ano passado tinham mães com 35 ou mais anos - é um aumento de 6,9% em comparação com o que aconteceu em 2021.
Ainda assim, a maioria, quase 65% dos nascimentos, corresponderam a mães com idades dos 20 aos 34 anos. Apenas 1,9% das mães têm menos de 20 anos e esse número baixou.
Sim, nasceram 83.671 bebés no ano passado. Mais 5,1% do que em 2021.
Com exceção do Algarve, todas as regiões do país registaram um aumento da natalidade, sendo que foi no Norte que a percentagem de nascimentos mais aumentou, seguido da Área Metropolitana de Lisboa.
No ano passado também morreram menos pessoas. A redução dos óbitos foi de 0,4%, o que permitiu o desagravamento do saldo natural - que é a diferença entre o número de nados-vivos e o número de mortes. Ainda assim, mantém-se negativo em todas as regiões, ou seja, os nascimentos ainda não compensam as mortes.
De acordo com os dados, 86,6% dos óbitos corresponderam a pessoas com 65 e mais anos e mais de metade a pessoas com mais de 80 anos.
Mais rapazes.
Do total de nascimentos, 42.925 eram meninos e 40.746 meninas, o que dá uma proporção de 100 raparigas por cada 105 rapazes.
A maioria - seis em cada 10 - são filhos de pais não casados e isto apesar de o número de casamentos ter aumentado no ano passado.
Aliás, o ano de 2022 teve o maior número de casamentos desde 2010, à boleia dos adiamentos por causa da pandemia da Covid-19.