14 jun, 2023 • Sérgio Costa
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional vai reunir-se de urgência, esta quarta-feira, para avaliar o impacto das notícias sobre tráfico de seres humanos no futebol. Mais concretamente, está em causa o alegado tráfico de menores numa academia de futebol em Riba de Ave.
No total, foram resgatados 114 jovens, que estão agora em centros de acolhimento para posteriormente serem entregues às respetivas famílias na América Latina, África e Ásia.
Literalmente, não. Contudo, pode-se dizer que estavam muito limitados.
Estes futebolistas provenientes do estrangeiro estariam a pagar 500 euros por mês como garantia de permanência em Portugal. Alguns terão assinado contratos com clubes pequenos da região Norte e acabaram por não receber dinheiro, estando proibidos de sair do país por não terem passaporte.
As mais recentes notícias dão conta do alegado envolvimento do presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga neste caso. Esta segunda-feira, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizou buscas à residência de Mário Costa, numa investigação motivada por suspeitas de tráfico de seres humanos.
De acordo com a investigação, o dirigente da Liga Portugal estaria a tentar "vender" este "modelo de negócio" a "investidores".
Não. Para além da casa do dirigente da Liga, também uma academia de futebol em Riba de Ave, no concelho de Famalicão, distrito de Braga, foi alvo de buscas.
Numa primeira reação, Mário Costa afirmou-se inocente e diz aguardar com serenidade o desenrolar da investigação. A mesma reação teve a academia Bsports.
Não será. Vários organismos denunciam situações ilegais com jovens futebolistas provenientes do estrangeiro.
Ainda no passado fim de semana, a CNASTI (Confederação Nacional de Ação Sobre Trabalho Infantil) afirmava à Renascença que ilegalidades em torno de jovens jogadores é justamente um dos principais problemas neste domínio em Portugal.