21 jun, 2023 • Sérgio Costa
Renova-se a esperança na busca pelo submarino que desapareceu na área do naufrágio do Titanic: foram detetados sons subaquáticos.
Os ruídos foram registados através de robôs que têm incorporado um sonar, um dispositivo que permite recolher sons no fundo do mar, dentro de água. Contudo, podem ser ondas sonoras provocadas pelos destroços do Titanic, por exemplo.
De acordo com os especialistas, os sons vão agora ser analisados e depois, se se chegar a uma conclusão de que podem ser gerados pelo submarino, avançará uma nova operação de resgate, direcionada para um local específico - o que poderá, eventualmente, ser mais eficaz.
O que a empresa do submersível diz é que o aparelho teria capacidade para garantir a vida dos ocupantes por 96 horas, ou seja, quatro dias.
Neste momento, já se ultrapassou metade desse prazo, pelo que deverá haver oxigénio para menos de dia e meio. É uma verdadeira corrida contra o tempo.
Não se sabe: nem se afundou, nem se poderá eventualmente ter regressado à tona.
No entanto, a guarda costeira norte-americana disse que as buscas foram alargadas a águas mais profundas, dando a entender que o mais provável é que o submersível esteja, de facto, no fundo do mar.
Estamos a falar de quase quatro quilómetros de profundidade. Os destroços do Titanic estão a cerca de 3800 metros, é uma profundidade que torna muito remota a possibilidade de recuperação do submersível, mesmo que venha a ser encontrado - o que só por si é uma tarefa complicadíssima.
Não só a escuridão é total, como a área das buscas também é extensa: há os próprios destroços do Titanic, pedras, etc., o que torna muito complexo descobrir onde possa estar o veículo.
E depois, mesmo que seja descoberto, há o problema de conseguir rebocá-lo até à superfície. Não haverá muitos meios capazes de conseguir fazer isso.
Sobretudo milionários, que embarcaram numa missão de aventura com bilhetes a cerca de 230 mil euros. Entre os desaparecidos, há três britânicos: um é Hamish Harding, que detém uma companhia de aviação, outro é um empresário anglo-paquistanês, Shahzada Dawood, e o filho.
Os restantes são o presidente executivo da empresa OceanGate, o norte-americano Stockton Rush, e um francês, o explorador Paul-Henry Nargeolet, que é considerado o maior especialista no Titanic. Foi ele que comandou a primeira expedição aos destroços do navio, em 1987.