20 jul, 2023 • Inês Braga Sampaio
Arranca esta quinta-feira o Mundial feminino de futebol, na Austrália e na Nova Zelândia e Portugal marca presença pela primeira vez. O Explicador Renascença explica-lhe o que precisa de saber.
As norte-americanas, que são bicampeãs do mundo. São elas as grandes favoritas. Estão no grupo de Portugal, tal como os Países Baixos, que as norte-americanas derrotaram na final em 2019. No entanto, as neerlandesas já não têm a mesma força de há quatro anos, porque vão competir sem a sua melhor jogadora, a avançada Vivianne Miedema, ausente por lesão.
De resto, a Inglaterra, campeã da Europa, tem aspirações, assim como a anfitriã Austrália. Também há a Espanha, com a base do Barcelona campeão europeu. A Alemanha, finalista vencida do Euro 2022, é outra séria candidata.
Depois, temos a Suécia, França, Japão, as campeãs olímpicas do Canadá. Ou seja, o que mais há são candidatos ao título mundial.
O objetivo da seleção nacional é passar aos oitavos de final. Portugal é teoricamente mais forte que o Vietname, por isso está como que obrigado a vencer o segundo jogo da fase de grupos. O jogo decisivo pode ser logo na estreia, diante dos Países Baixos, visto que o mais provável é mesmo que os EUA sejam uma das equipas apuradas para a fase a eliminar.
A versão oficial, sob a alçada da FIFA, começou em 1991, mas algumas seleções já organizavam campeonatos do mundo antes disso. O primeiro foi em Itália, em 1970. Um ano depois, no México, foi estabelecido o recorde não oficial de espectadores num jogo de futebol feminino: estiveram cerca de 110 mil pessoas a assistir à final entre o México e a Dinamarca.
Não. Nem esse, nem o oficial, de 92 mil espectadores no estádio do Barcelona.
Porque o maior estádio deste Mundial, o Estádio Austrália, tem capacidade para pouco menos de 76 mil pessoas. Ainda assim, já foram vendidos 1,4 milhões de bilhetes, um valor recorde. Já agora, um outro dado importante: é a primeira vez que um Mundial feminino teve um plano comercial independente e funcionou: receitas de 500 milhões de euros que cobrem os custos.
A avançada Jéssica Silva é a jogadora portuguesa mais popular lá fora. Passou pelo Lyon, pela cotada Liga norte-americana e agora está no Benfica. Atenção também à média Tatiana Pinto, que ao que a Renascença apurou é pretendida por clubes como o Arsenal, Manchester United ou o Paris Saint-Germain. Andreia Jacinto, também no meio-campo, de apenas 21 anos, é uma das estrelas da Real Sociedad, de Espanha, e os adeptos esperam que Kika Nazareth, do Benfica, recupere a tempo do primeiro jogo.
Os jogos da seleção nacional terão acompanhamento ao minuto em www.rr.pt.