04 ago, 2023 • Sérgio Costa
Faz já mais de uma semana desde um golpe de Estado no Níger, que ocorreu a 26 de julho.
Sabe-se agora que vários cidadãos portugueses já foram retirados.
O Explicador Renascença fala desta situação que está a gerar enorme preocupação no Ocidente.
Forças militares do Níger que detiveram o presidente o país.
Os militares já anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições do Estado, o encerramento das fronteiras do país e a imposição de recolher obrigatório em todo o território.
Terão tido apoio de elementos da segurança do presidente Bazoum.
Os militares justificam esta ação com o que dizem ser a continuada deterioração das condições de segurança e a má gestão económica e social do país.
Sim, mas pouco tempo após o golpe, o presidente publicou uma mensagem no Twitter a dar conta de que todas as “conquistas” democráticas serão “salvaguardadas”
Estão em segurança porque está concluída a retirada de nove portugueses do Níger.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, dos dez cidadãos nacionais que expressaram vontade de sair daquele país, falta apenas retirar um cidadão nacional.
Algo que deverá acontecer muito em breve.
Esse processo está a ser conduzido pelas autoridades francesa, que têm uma relação especial com o território, uma vez que o Níger é uma ex-colónia francesa.
Também a delegação da União Europeia está a coordenar a missão de retiradas de cidadãos estrangeiros do país
Porque o Níger era até aqui um aliado importante na luta contra terroristas islâmicos.
O Níger tinha mesmo aprovado a entrada de soldados europeus, incluindo portugueses, para combater o jihadismo.
Era mesmo considerado o epicentro da luta internacional contra o extremismo islamista naquela região de África, depois de o Mali ter rejeitado. por exemplo. a presença de tropas francesas.
Daí este golpe estar a ser condenado pelos líderes ocidentais.
Por agora, o cenário é absolutamente imprevisível.