Siga-nos no Whatsapp
Explicador Renascença
As respostas às questões que importam sobre os temas que nos importam.
A+ / A-
Arquivo
Escolas. O que podemos esperar do novo ano letivo?

Explicador Renascença

Escolas. O que podemos esperar do novo ano letivo?

11 set, 2023 • Fátima Casanova


Neste mês de setembro aposentam-se quase 400 professores e, no próximo mês, há mais 340 que deixam a escola pública.

O novo ano letivo 2023/2024 arranca entre terça-feira e sexta-feira desta semana, com milhares de alunos a regressarem às aulas.

No entanto, os professores já iniciaram novas iniciativas de protesto esta segunda-feira.

O Explicador Renascença diz o que é que os pais podem esperar do regresso às aulas.

Quantos alunos as escolas vão receber?

Iniciam o novo ano letivo cerca de um milhão e trezentos mil alunos, que se distribuem entre o 1.º ciclo e o Ensino Secundário.

De destacar que o ano arranca com mais 18 mil novos estudantes e, por isso, vão abrir mais 11 escolas e vão existir, pelo menos, mais 300 novas salas de ensino.

Há professores para dar aulas a mais alunos?

Esse é um problema que se mantém.

Nesta altura, há perto de mil e trezentos horários de professores por preencher. Estão disponíveis em contratação de escola, que é o último recurso disponível para a contratação de professores.

Ora, isso significa que cerca de 90 mil alunos não vão ter os docentes todos, neste início de ano letivo. Lisboa, Setúbal e Faro são os distritos com mais falta de professores, à semelhança do que tinha acontecido no último ano letivo e, claro, depende também das disciplinas a lecionar.

Por exemplo, Português é uma das disciplinas que tem mais falta de docentes.

Neste mês, nas duas reservas de recrutamento já realizadas, foram preenchidos mais de dois mil e 900 lugares, na maioria foram ocupados por professores contratados.

Como é que o Governo planeia resolver o problema?

A solução passa por permitir às escolas que recrutem professores com cursos reconhecidos como habilitação própria para a docência. De resto, esta tem sido a solução encontrada a cada arranque de ano letivo.

De recordar que há muito que os sindicatos alertam para a falta de professores e apontam como justificação a pouca atratividade da carreira e também o envelhecimento da classe.

Este mês de setembro aposentam-se quase 400 professores e, no próximo mês, há mais 340 que deixam a escola pública.

Fazendo contas, desde janeiro aposentaram-se mais de 2.800 docentes, o valor mais alto em mais de uma década.

Vamos ter um ano letivo tranquilo?

É duvidoso, para já. Vai arrancar da mesma forma que terminou o ano letivo anterior, com os sindicatos a prometerem forte contestação.

Já esta segunda-feira, a plataforma de nove sindicatos, onde estão incluídos a FENPROF e a FNE, afixou materiais informativos em escolas e em vários locais públicos, um pouco por todo o país, para mobilizar a comunidade educativa em defesa da escola pública.

A partir de amanhã arrancam greves ao sobretrabalho e às horas extraordinárias. E a mesma plataforma de sindicatos promove uma greve nacional a 6 de outubro

Quanto ao STOP, anunciou greve nacional para a próxima semana, de segunda a sexta-feira.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.