26 set, 2023 • Fátima Casanova
O arranque do novo ano letivo ficou marcado pela falta de professores a algumas disciplinas e motivou a compensação através de explicadores, que viram a procura duplicar na primeira semana de aulas.
A procura por explicadores ou por aulas particulares começou logo na primeira semana de aulas, com um aumento de 20% face ao mesmo período do ano passado. Se compararmos com a semana anterior ao começo das aulas, a procura disparou 112%, segundo uma análise da plataforma Fixando, uma plataforma online que liga clientes a serviços.
A maioria dos pais ouvidos nesta análise explicam que sentiram necessidade de contratar por ser a forma de os filhos conseguirem melhorar as notas e por acreditarem também que podem aprender novas técnicas de estudo e preparar melhor os testes.
Cerca de metade dos pedidos de explicação foram para várias disciplinas, com outras disciplinas onde tradicionalmente os alunos têm mais dificuldades a registarem um maior aumento, como Matemática, Biologia e Português.
Há uma procura especialmente elevada por parte de alunos do ensino secundário - representam mais de metade dos pedidos recebidos nesta plataforma (55%). Universitários são o segundo grupo que mais recorre a explicações (20%), seguindo-se os diferentes ciclos do ensino básico.
Há uma região que sobressai: na Área Metropolitana de Lisboa foram registados 39% dos pedidos por explicações, seguidos dos distritos de Setúbal e Porto. Embora o poder económico tenha um fator preponderante, mas não se pode esquecer que é na região de Lisboa que se regista uma maior falta de professores.
Segundo a análise feita pela plataforma Fixando, os preços no setor subiram, em média, cerca de 6%, de 16 euros por aula, para 17 euros. Em média, porque há disciplinas onde se verificaram aumentos maiores, como por exemplo, a Inglês, onde o preço médio das explicações subiu de 12 para 19 euros - um aumento superior a 30%.