28 set, 2023 • Sérgio Costa
O Conselho de Ministros aprova esta quinta-feira o diploma do processo de privatização da TAP.
Como é que isto se vai suceder? O explicador Renascença deixa tudo claro.
Há uma possibilidade de a empresa ser totalmente privatizada. Essa hipótese foi admitida na semana passada, no parlamento, pelo primeiro-ministro, António Costa, que colocou a hipótese de se privatizar a totalidade do capital da TAP.
Sim e são empresas com muito relevo no mercado da aviação comercial. Air France – KLM que diz ser muito interessante a posição geográfica de Portugal e a ligação com o Brasil é uma rede muito forte. A IAG, que aglomera a British Airways e a Iberia, que, caso adquira a TAP, passa a ter uma posição dominante no mercado sul americano pois junta o Brasil aos restantes países da região juntando Lisboa aos hubs de Madrid e Barcelona. Já a Lufthansa deverá ser a companhia mais interessada porque passaria a ter uma nova quota de marcado no Atlântico.
A realidade é completamente diferente e o mercado da aviação alterou muito no pós-Covid. Muitas low cost foram absorvidas pelas grandes companhias e, por isso, as ligações curtas na Europa estão já asseguradas.
Nesta altura, a situação financeira da TAP é muito mais saudável. Em 2005, a TAP tinha uma dívida de 600 milhões de euros. Hoje é uma empresa com lucro de lucro 64,5 milhões de euros.
Para além da reorganização da empresa, o que implicou alterações nas rotas e redução do quadro de pessoal, algo previsto no plano de reestruturação, há ainda um número que tem sido múltiplas vezes mencionado: 3,2 mil milhões. Foi o valor que o Estado injetou na companhia aérea, o que contribuiu para tornar a TAP financeiramente mais saudável.
Ainda não. Tudo dependerá dos interessados. No entanto, o Jornal Económico revela pormenores do que diz ser a versão secreta do plano de reestruturação que avalia a empresa entre os 1070 e os 1975 milhões: valores distantes dos tais 3,2 mil milhões que o estrado injetou na companhia.
Uma das questões que, certamente, o governo vai insistir e discutir é a manutenção do hub em Lisboa, ou seja, garantir que o aeroporto de Lisboa continua a ser a plataforma distribuidora de voos da TAP, o principal aeroporto da companhia.
No entanto, o Governo não vai poder colocar essa questão no caderno de encargos, não pode obrigar o comprador a manter essa a plataforma distribuidora dos voos da TAP.