06 nov, 2023
O que sabemos sobre Saúde, Tecnologia ou Transição Energética? É a pergunta feita num inquérito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e cujos resultados são conhecidos esta segunda-feira. A Renascença trata os dados por miúdos.
Ficamos a saber que, em média, sete em cada 10 adultos consideram que as alterações climáticas são uma ameaça. Seis em cada 10 preocupam-se com a difusão de informações falsas na internet.
Noutro plano, a OCDE sugere que, até 2030, vai aumentar significativamente a procura de pessoas capazes de interagir com computadores, pensamento criativo e análise de dados.
No entanto, há um aviso: grande parte dos inquiridos revela uma fraca capacidade para garantir o seu bem estar económico e social e para contribuir para um futuro sustentável.
Sublinha que a pandemia da Covid-19 revelou a importância da literacia em saúde. Ou seja, a capacidade de aceder, compreender, avaliar e aplicar informação para tomar decisões bem informadas.
Durante a crise pandémica, mais de 40% da população adulta admite ter sentido dificuldades em avaliar as vantagens e desvantagens das diferentes opções de tratamento, bem como dificuldade em tomar decisões sobre como lidar com problemas de saúde mental.
Sim. De resto, o relatório da OCDE indica que 18% dos inquiridos não tem capacidade para navegar em ambientes ricos em informação, como é o caso da Internet.
E na esmagadora maioria dos países que têm emprego relacionado com Inteligência Artificial, menos de 1% das ofertas de trabalho equacionam aspetos relacionados com questões éticas relacionadas com esta tecnologia.
Por incrível que possa parecer, 70% dos jovens desconhecem temáticas como a sustentabilidade ambiental.
No entanto, cerca de três quartos das pessoas com pelo menos uma formação no Ensino Superior admitem que as alterações climáticas são uma ameaça.
Esta é, de resto, uma perceção partilhada por dois terços das pessoas com o ensino secundário.
Outra conclusão deste relatório: os jovens com preocupações ambientais têm 16% mais probabilidades de poupar energia por questões ambientais.
Já os jovens com mais desvantagens socioeconómicas têm 25% menos probabilidade de adquirirem literacia na área da Ciência.
O relatório realça que a população que enfrenta desafios socioeconómicos vai continuar em desvantagem no que toca a adquirir literacia e capacidades que permitam lidar com uma transição energética e tecnológica.
Por isso, a OCDE diz ser necessário identificar estas vulnerabilidades na população, para o que diz ser o objetivo de alcançar uma transição inclusiva para todos.